sexta-feira, 8 de março de 2013

Realismo e Naturalismo

Marco inicial do Realismo: Memórias Póstumas de Brás Cubas

            
   O Livro Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma das Obras primas de um dos maiores escritores mundiais, e que com muito orgulho é brasileiro, Machado de Assis. A partir do Vestibular de 2013 a Fuvest e Unicamp, bem como muitas outras instituições incluíram esse Romance em sua Lista de Leituras Obrigatórias, o que para os que apreciam literatura foi um presente!








                                                           O Cortiço -  filme completo

Análise do livro O cortiço


Análise da obra "O cortiço de Aluísio de Azevedo"
         Tendo como cenário uma habitação coletiva, o romance difundi as teses naturalistas, que explicam o comportamento dos personagens com base na influência do meio, da raça e do comportamento. O cortiço foi publicado em 1890, em meio à atividade febril de produção literária a que Aluísio se viu obrigado a profissionalizar-se como escritor.
           O romance tornou-se peça chave para o melhor entendimento do Brasil do século XIX. É um recorte sociológico, representando as relações entre o elemento português, que explora o Brasil em sua ânsia de enriquecimento, e o elemento brasileiro, apresentado como inferior e explorado pelo português. A obra tem influência do romance L’Assomoir, do escrito francês Émile Zola, que prescreve um rigor científico na representação da realidade. Seguindo o método naturalista (terias filosóficas como o determinismo e o evolucionismo) Aluísio faz uma crítica contundente e coerente da realidade corrompida combatendo a degradação causada pela mistura de raças.
         Na elaboração de O cortiço, Aluísio Azevedo seguiu a técnica de Zola. Visitou inúmeras habitações coletivas do Rio de janeiro interrogando lavadeiras, capoeiras, vendedores, cavouqueiros, observou-lhes a linguagem; escutou atento os ruídos coletivos dos cortiços; sentiu-lhes o cheiro, viu-lhes a promiscuidade e notou que as coletividades, apesar de divergirem, são ligadas por um estranho sentimento de classe, que as une, nos momentos mais críticos, quando são esquecidos os ódios e as divergências. Com toda essa “documentação”, Aluísio criou o enredo em torno de um problema social que se tornava mais grave, com a formação de grandes massas urbanas proletárias, constituídas em boa parte pelos operários dos primórdios da industrialização do país.
O NATURALISMO
            O Naturalismo surgiu como consequência do Realismo, porém procurava levar a literatura a se integrar no grande movimento da ciência para justificar os fatos cientificamente. Vale lembrar que o século XIX conheceu um desenvolvimento científico sem precedentes. A literatura realista procurava basear-se numa observação minuciosa  da realidade, retratava o homem e a sociedade a partir do ambiente, dos costumes, das atitudes, dos comportamentos. O naturalismo, além de observação minuciosa, fundamentava-se nas teorias científicas da época.
            No Naturalismo, o romance era visto como uma “experiência”, um “documento” em torno do comportamento individual e social. Os naturalistas eram deterministas, pois acreditavam que o comportamento do homem era determinado pela raça (o fator biológico, genético); pelo meio (o fator social) e pelo momento (o fator histórico). O romance valeria com uma experiência científica, se a realidade fosse observada com precisão e os fatores determinantes fossem equacionados com precisão.
          O romance naturalista preocupava-se com o coletivo, os escritores eram pessimistas em relação à natureza, ao homem e à sociedade. A idealização da natureza, do século XVIII (iluminismo) e do Romantismo, século XIX, é abandonada. Para os naturalistas o homem era visto, por natureza, roído por defeitos, por moléstias psíquicas e físicas.     
       Os naturalistas rejeitavam as idealizações e o subjetivismo dos românticos. Como realistas acreditavam que essas idealizações e esse subjetivismo eram uma péssima forma de engano e deseducação das pessoas. Assim,  afastavam –se do romantismo tanto nos métodos de composição (observação e ciência, ou pseudociência, são usados em lugar da fantasia), quanto nos temas tratados e no estilo utilizado. Os temas refletem a visão crítica e pessimista do movimento: no plano individual, a animalização do homem, visto em seu aspecto instintivo, em suas taras e aberrações, sobretudo sexuais; no plano coletivo, os aspectos decadentes e perversos da monstruosidade das elites.
       Quanto ao estilo, os naturalistas e os realistas em geral, procuravam representar a realidade diretamente, e não através da idealização, como símiles, comparações, metáforas. Estas últimas figuras tendem à idealização; por isso, os realistas preferem a metonímia e a sinédoque, figuras em que um objeto é substituído não por outro parecido, como na metáfora, mas por outro que tem relação real com ele, por achar próximo, no mesmo contexto. A diferença pode ser percebida se compararmos uma metáfora romântica, como “lábios de mel”, que Alencar usa para descrever a boca de Iracema, com uma sinédoque realista, como “ombros nus”, com que Tolstói indica mulheres de vestido decotado, com a substituição do todo (as mulheres) pela parte (os ombros).
          No Brasil, a obra mais significativa que se pode considerar naturalista é O cortiço, o melhor livro de Aluísio de Azevedo.
 NARRADOR
        A obra é narrada em terceira pessoa, sendo o narrador onisciente (que tem conhecimento de tudo), como propunha o movimento naturalista. O narrador tem poder total na estrutura do romance: entra nos pensamentos dos personagens, faz julgamentos e tenta comprovar, como se fosse um cientista, as influências do meio, da raça e do momento histórico,
        O foco da narração, a princípio, mantém uma aparência de imparcialidade, como se o narrador se apartasse, à semelhança de um deus, do mundo por ele criado. Mas isso é ilusório, porque o procedimento de representar a realidade de forma objetiva já configura uma posição ideologicamente tendenciosa.
TEMPO
        O tempo é trabalhado de maneira linear, com princípio, meio e desfecho da narrativa. A história se desenrola no Brasil do século XIX, sem precisão de datas. Há, no entanto, que ressaltar a relação do tempo com o desenvolvimento do cortiço e com o enriquecimento de João Romão.
ESPAÇO
       São dois os espaços explorados na obra. O primeiro é o cortiço, amontoado de casebres nada arranjados, onde os pobres vivem. Esse espaço representa a mistura de raças e a promiscuidade das classes baixas. Funciona como um organismo vivo, como foi visto. Junto ao cortiço estão a pedreira e a taverna do português João Romão.
Primeiro espaço

       Segundo espaço, que fica ao lado do cortiço, é o sobrado aristocratizante do comerciante Miranda e de sua família. O sobrado representa a burguesia ascendente do século XIX. Esses espaços fictícios são enquadrados no cenário do bairro de Botafogo, explorando a exuberante natureza local como meio determinante. Dessa maneira, o sol abrasador do litoral americano funciona como elemento corruptor do homem local.
Segundo espaço
PERSONAGENS
        Os personagens são psicologicamente superficiais, ou seja, há a primazia de tipos sociais. Os principais são:
·         João Romão – taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço. Representa o capitalista explorador.
·         Bertoleza – quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ele trabalha como uma máquina.
·         Miranda – comerciante português. Principal opositor de João Romão. Mora num sobrado aburguesado, ao lado do cortiço.
Jerônimo
·         Jerônimo – português “cavouqueiro”, trabalhador da pedreira de João Romão, representa a disciplina do trabalho.
Rita baiana
·         Rita Baiana – mulata sensual e provocante que promove os pagodes no cortiço. Representa a mulher brasileira.
·         Piedade – portuguesa que é casada com Jerônimo. Representa a mulher europeia.
·         Capoeira Firmo – mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana.
·         Arraia-miúda – representada por lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e o policial Alexandre.
ENREDO
     O livro narra inicialmente a saga de João Romão, ambicioso, rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza de furtos para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso.
      Em oposição a João Romão, surgi a figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que queria comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório das relações de amizade entre os dois.
    Com inveja de Miranda, que possui condição social mais elevada, João Romão trabalha arduamente e passa por privações para enriquecer mais que seu opositor. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço: Miranda recebe o título de barão. João Romão entende que não basta ganhar dinheiro, é necessário também ostentar uma posição social reconhecida, frequentar ambientes requintados, adquirir roupas finas, ir ao teatro, ler romances, ou seja, participar ativamente da vida burguesa.
      No cortiço, paralelamente, estão os moradores de menor ambição financeira. Destacam-se Rita Baiana e Capoeira Firmo; Jerônimo e sua mulher Piedade;  Pombinha, moça franzina que se desencaminha por influência das más companhias; a Machona, lavadeira gritalhona, cujos filhos não se pareciam uns com os outros e outros.
      Um exemplo de como o romance procura demonstrar a má influencia do meio sobre o homem é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana.     Opera-se uma transformação no português trabalhador, que muda todos os seus hábitos. No cortiço há festas com certa frequência, destacando-se nelas Rita Baiana como dançarina provocante e sensual, o que faz Jerônimo perder a cabeça. Firmo, enciumado, acaba brigando com Jerônimo e abre a barriga do rival com uma navalha e foge. Naquela mesma rua, outro cortiço se forma. Os moradores de João Romã o chamam de “Cabeça-de-gato, onde Firmo passara a morar.
      Jerônimo que havia sido internado em um hospital após a briga com Firmo; arma uma emboscada traiçoeira e o mata a pauladas, fugindo em seguido com Rita Baiana, abandonando a mulher.
      A relação entre o Miranda e João Romão melhora quando o comerciante recebe o título de barão e passa a ter superioridade sobre o oponente.  João Romão, após um incêndio em vários barracos do cortiço, reconstrói o cortiço, dando-lhe nova feição, e pretende realizar um objetivo que há tempos vinha alimentando: casar-se com uma mulher “de fina educação”, legitimamente. O cortiço todo muda perdendo o caráter desorganizado e miserável para se transforma na Vila João Romão.
     João Romão aproxima-se de Miranda por intermédio de Botelho, um velho que mora com a família Miranda, mediante o pagamento de vinte contos de réis e pede a mão da filha do comerciante em casamento. Há, no entanto um empecilho: Bertoleza. João Romão arranja um plano para livra-se dela: manda um aviso aos antigos proprietários da escrava, denunciando-lhe o paradeiro. Pouco tempo depois, surge a polícia na casa de João Romão para levar Bertoleza aos seus antigos senhores.    A escrava compreende o destino que lhe estava reservado, suicida-se, cortando o ventre com a mesma faca com que estava limpando o peixe para a refeição de João Romão.
Aspectos centrais
O cortiço é gerador de tudo e feito à imagem de seu proprietário, cresce,  desenvolve-se e se transforma com João Romão. Todas as existências se entrelaçam e repercutem uma nas outras.
  •  Crítica do capitalismo selvagem
O tema do romance é a ambição e a exploração do homem pelo próprio homem. De um lado João Romão, que aspira à riqueza, e Miranda, já rico, aspira à nobreza. Do outro lado “a gentalha”, caracterizada como um conjunto de animais, movido pelo instinto e pela fome.
  •     A redução das criaturas ao nível animal (zoomorfização), característica do Naturalismo revelando a influência das teorias da Biologia do século XIX (darwinismo) e o Determinismo (raça, meio, momento).
...depois de correr meia légua, puxando uma carga superior às suas forças, caiu morto na rua, ao lado da carroça, estrompado como uma besta.
Leandra... a ‘Machona’, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo.
Rita Baiana... uma cadela no cio.

  •   A força do sexo
      Em o Cortiço, o sexo é a força mais degradante que a ambição e a cobiça. A supervalorização do sexo, típica do determinismo biológico e do naturalismo, conduz Aluisio a focalizar diversas formas de “patologia” sexual: “acanalhamento” das relações matrimoniais, adultério, prostituição, lesbianismo etc.
  •   Os tipos humanos

João Romão
      E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia vinha da pedreira para a venda, da venda às hortas e ao capinzal, sempre em mangas de camisa, tamancos, sem meias...
Albino
    Fechava a fila das primeiras lavadeiras, o Albino, um sujeito afeminado, fraco, cor de aspargo cozido e com um cabelinho castanho, deslavado e pobre, que lhe caía, numa só linha, até o pescocinho mole e fino.
Botelho
    Era um pobre-diabo caminhando para os setenta anos, antipático, cabelo branco, curto e duro como escova, barba e bigode do mesmo teor; muito macilento, com uns óculos redondos que lhe aumentavam o tamanho da pupila e davam-lhe à cara uma expressão de abutre... 
Podemos observar nestes trechos excelentes exemplos de descrição realista e objetiva.
  •   A situação da mulher
As mulheres são reduzidas a três condições: primeira, objeto, usadas e aviltadas pelo homem: Bertoleza e Piedade; segunda, de objeto e sujeito, simultaneamente: Rita Baiana; terceira, de sujeito, são mas que se independem do homem, prostituindo-se: Leonie e Pombinha.
Alegoria do Brasil
           Mais do que empregar os preceitos do Naturalismo, a obra mostra práticas recorrentes no Brasil do século XIX. Na situação de capitalismo incipiente. O explorador vivia muito próximo ao explorador, daí a estalagem de João Romão estar junto aos pobres moradores do cortiço. Ao lado, o burguês Miranda, de projeção social mais elevada que João Romão, vive em seu palacete com ares aristocráticos e teme o crescimento do cortiço. Por isso pode-se dizer que O Cortiço não é somente um romance naturalista, mas uma alegoria do Brasil.
       O autor naturalista tinha uma tese a sustentar sua história. A intenção era provar, por meio da obra literária, como o meio, a raça e a história determinam o homem e o levam à degenerescência.
        A obra está a serviço de um argumento. Aluísio se propõe a mostrar que a mistura de raças em um mesmo meio desemboca na promiscuidade sexual, moral e na completa degradação humana.     Além disso, o livro mostra, também, a imensa desigualdade social.

Este texto é uma adaptação da análise feita pelo professor Fernando Teixeira de Andrade do Curso e  Colégio Objetivo e do Guia do Estudante: Literatura, Vestibular, 2008.
 https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+O+corti%C3%A7o&newwindow=1&client=firefox-a&hs=Tbo&rls=org.mozilla:pt-BR:official&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=OwsiUqzqC43C9QT5iIHoBQ&ved=0CDMQsAQ&biw=1088&bih=513

http://abfocortico.blogspot.com.br
http://lerantesdemorrer.wordpress.com/tag/o-cortico 
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/cortico-analise-obra-aluisio-azevedo-700292.shtml



Realismo
Colaboração: Bartolomeu Amâncio da Silva (Prof. Bartô)

 

O Realismo teve seu início na França em 1857, quando Gustave Flaubert publicou sua obra Madame Bovary, em que sua principal personagem buscava um amor romântico, perfeito e impossível, mas a dura realidade, sem emoções, não permitia realizar suas pretensões, e ela acabou por se suicidar.



O Realismo se iniciou em Portugal com a Questão Coimbrã, polêmica literária entre Antero de Quental, Teófilo Braga e os jovens literatos que surgiram na década de 1860, e os representantes da geração anterior, entre os quais se destacava Castilho.

O ambiente social, na Europa de então, sofria os efeitos da consolidação da civilização burguesa, o surgimento do proletariado e de suas lutas, das ideias do liberalismo e democracia e suas inúmeras mudanças, o desenvolvimento das ciências naturais e teorias científicas. Foi um cenário de ênfase no aspecto material, com uma forte redução no espiritualismo e críticas severas à religião, apresentada como manifestação primitiva do ser humano. Assim, no Realismo a literatura torna-se menos uma distração e mais um meio de crítica e combate às instituições.

Assim, as características principais do Realismo incluíam a busca da realidade de vida, mostrada como realmente é, com os lados positivos e negativos; um pessimismo latente, onde as criaturas eram más e mal intencionadas, ao contrário do Romantismo, onde eram tratadas como bondosas; uso de temas de caráter grosseiro, para chocar os padrões morais do leitor; preocupação em relatar os fatos comuns do dia-a-dia, que no Romantismo eram preteridos pelo extraordinário, pelo invulgar; tudo descrito com minúcias, muitas vezes em demasia.

O Realismo não foi tanto uma escola literária como um sentimento novo, uma nova atitude espiritual em que couberam direções muito divergentes, que se alçou contra um idealismo sem ideias. A sua consequência mais vital e duradoura foi romper com o patriotismo provinciano dos ultrarromânticos, abrindo o espírito nacional a todas influências externas e ampliando a gama de escolha dos motivos literários.

Embora tenha conhecido na França a sua forma mais rigorosa, o Realismo é igualmente um fenômeno europeu.

Em Portugal, as semelhanças entre Realismo e Naturalismo eram muito fortes. O principal representante do Realismo português foi Eça de Queirós, com a publicação do conto Singularidades duma rapariga loira que, na opinião de Fialho de Almeida, foi a primeira narrativa realista escrita em português. Com o aparecimento de O crime do padre Amaro e de O primo Basílio, ambos de Eça de Queirós, onde Realismo e Naturalismo se confundem, a nova escola implantava-se definitivamente. Mas na década de 1890, o Realismo, cada vez mais confundido com o Naturalismo, já havia perdido muito de sua força.

Características

Objetivismo, impassibilidade, observação e análise. Busca de uma explicação lógica e cientificamente aceitável para os fatos e ações.

Sensorialismo. Impressões sensoriais nítidas e precisas. Predomínio da descrição objetiva. Narrativa lenta, devido ao acúmulo de pormenores. A ação e o enredo perdem a importância para a caracterização das personagens. Personagens esféricas, complexas, multiformes, imprevisíveis e dinâmicas. Densidade psicológica. Ruptura com a linearidade das personagens românticas (Herói x Vilão, Bem x Mal). O autor ausenta-se da narrativa, colocando-se como observador neutro. O "romance que se narra a si mesmo" (Flaubert).

Temas Contemporâneos. Crítica social à burguesia, ao clero, ao obscurantismo provinciano; ao capitalismo selvagem, ao preconceito racial, à monarquia. Romance social, psicológico e de tese. Sexo, adultério, degradação das personagens, assassinatos, triunfo do mal.

Preocupação formal. Clareza, concisão, precisão lexical, purismo, vernaculidade. Predomínio da denotação. A metáfora cede lugar à metonímia.

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Eça de Queirós

Mestres da Literatura - Machado de Assis